segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Morte do imperador dom Pedro II completa 120 anos


Completam-se nesta segunda (5) 120 anos da morte do imperador dom Pedro II, o governante que ficou mais tempo à frente do Estado brasileiro em toda a história do país. O aniversário da morte do monarca foi lembrado nesse domingo (4) em uma missa na Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro, que tem ligação histórica com a família imperial brasileira desde o século 19.
Segundo o historiador Bruno de Cerqueira, do Instituto Dona Isabel I, de preservação da memória ligada à família Orleans e Bragança, dom Pedro II foi figura central para a manutenção da unidade territorial brasileira.
Mesmo quando ainda era criança, dom Pedro II teria tido uma importância simbólica. Cerqueira explica que, sem a existência da figura do imperador, o Brasil teria se desintegrado em vários estados, na década de 1830, período em que dom Pedro I deixou o Brasil e o país teve que ser governado por regentes.
“Se não tivesse essa criança como centro do poder no Rio de Janeiro, não teria havido a continuidade do Brasil. O Brasil teria deixado de existir. Teriam sido criados diversos países aqui. Depois, em seu governo, foi ele que solidificou todas as instituições nacionais”, disse.
Nos dez anos em que o Brasil ficou sob o governo de regentes, ocorreram inúmeras revoltas, como a Balaiada e a Guerra dos Farrapos, que queria a independência do Rio Grande do Sul. Dom Pedro II foi coroado em 1841, com 15 anos de idade.
Segundo Bruno de Cerqueira, o monarca instaurou o parlamentarismo no Brasil em 1847, ao abdicar de parte das atribuições governamentais em favor de um presidente do Conselho de Ministros, uma espécie de primeiro-ministro.
No período em que dom Pedro II era imperador também ocorreram a Guerra do Paraguai, que se arrastou de 1864 a 1870, e a abolição da escravatura no país, em 1888. Dom Pedro foi retirado do poder por um golpe militar liderado pelo marechal Deodoro da Fonseca, que instaurou a República em 15 de novembro de 1889.
“A família imperial não reagiu. Se tivesse reagido, como queria o conde d’Eu [genro do imperador e marido da princesa Isabel], teria havido um banho de sangue, uma guerra civil enorme no Rio de Janeiro. Para evitar essa guerra, a família decide se retirar do país. Aí, eles são banidos, na madrugada de 17 de novembro de 1889”, explica.
Já bastante debilitado pelo diabetes, dom Pedro II morreu dois anos depois, em 5 de dezembro de 1891, no exílio, em Paris, na França, vítima de pneumonia. “Ocorreu uma coisa extremamente interessante, porque a França deu honras de imperador. Cento e vinte mil pessoas assistiram ao funeral, mas a nossa República não permitiu que o embaixador do Brasil em Paris o assistisse”, conta.
Seus restos mortais só voltariam ao Brasil em 1920, depois do fim oficial do banimento da família imperial. Desde então, os restos de dom Pedro II estão sepultados no Mausoléu Imperial, dentro da Catedral de Petrópolis, na região serrana fluminense.
FONTE: O TEMPO ONLINE

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

COMISSÃO APROVA REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO DE HISTORIADOR


A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público aprovou proposta que regulamenta o exercício da profissão de historiador. De acordo com a proposta, historiador é o profissional responsável pela realização de análises, de pesquisas e de estudos relacionados à compreensão do processo histórico e pelo ensino da História nos diversos níveis da educação.

O texto aprovado é o Projeto de Lei 7321/06, do deputado Jovair Arantes (PTB-GO), que tramita apensado ao PL 3759/04, do ex-deputado Wilson Santos. A relatora, deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), recomendou a aprovação do projeto apensado, com emenda, e a rejeição do projeto principal. Segundo ela, os projetos regulam a matéria em termos análogos, mas o PL 7321/06 não obriga o Poder Executivo a criar conselho de fiscalização do exercício profissional, como faz o PL 3579/04 – o que é inconstitucional. “Tais conselhos são considerados autarquias especiais e só podem ser criados por meio de lei de iniciativa do Presidente da República”, explica.

O PL 7321/06 prevê, porém, a inscrição do historiador em conselho de fiscalização do exercício profissional. A emenda da relatora retira essa previsão.

Profissionais habilitados

Segundo o projeto, poderão exercer a profissão de historiador no País:

- quem tiver diploma de nível superior em História, expedido no Brasil, por instituições de educação oficiais ou reconhecidas pelo governo federal;

- os portadores de diplomas de nível superior em História, expedidos por escolas estrangeiras, reconhecidas pelas leis de seu país e que revalidarem seus diplomas de acordo com a legislação em vigor;

- os diplomados em cursos de mestrado ou de doutorado em História, devidamente reconhecidos;

- os que, na data da entrada em vigor desta lei, tenham exercido, comprovadamente, durante o período mínimo de cinco anos, a função de historiador.

Para exercerem as funções relativas ao magistério em História, os profissionais deverão comprovar formação pedagógica exigida em lei.

Atividades

A proposta também define as atividades e funções dos historiadores, entre elas:

- planejar, organizar, implantar e dirigir serviços de pesquisa histórica, de documentação e informação histórica;

- planejar o exercício da atividade do magistério, na educação básica e superior, em suas dimensões de ensino e pesquisa;

- elaborar critérios de avaliação e seleção de documentos para fins de preservação;

- elaborar pareceres, relatórios, planos, projetos, laudos e trabalhos sobre assuntos históricos;

- assessorar instituições responsáveis pela preservação do patrimônio histórico, artístico e cultural (museus, arquivos, bibliotecas).

Tramitação
A matéria segue para a análise, em caráter conclusivo, da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Íntegra da proposta: 
PL-3759/2004
PL-7321/2006

Reportagem – Lara Haje

Edição – Regina Céli Assumpção

terça-feira, 1 de novembro de 2011

A história da África em sala


Duas leis federais determinam o ensino de história e cultura afro-brasileira e indígena. Veja como trabalhar esses conteúdos em aula

Daniele Pechi

Até bem pouco tempo atrás, o Brasil, conhecido internacionalmente por sua diversidade cultural e pela mistura de raças que formam o seu povo, não tinha as diferentes etnias representadas nos currículos escolares do País. A situação mudou com duas leis, sancionadas nos anos de 2003 e 2008, que tornaram obrigatório no Ensino Fundamental e Médio o estudo da História e Cultura afro-brasileira e indígena.
O que dizem as leis

A lei mais antiga 10.639/2003 não previa o ensino da cultura Indígena nas escolas brasileiras. O texto estabelece que o conteúdo programático inclua diversos aspectos da história e da cultura dos povos que formaram a população brasileira. "As políticas e programas que começaram a ser praticados desde então são fundamentais para valorizar a diversidade dentro das escolas e para incentivar mudanças nas práticas pedagógicas", afirma Viviane Fernandes Faria, Diretora de Políticas para Educação do Campo e Diversidade do Ministério da Educação (MEC).

Aspectos como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional foram incorporados aos currículos depois da aprovação da Lei 11.645. "Por meio do resgate da contribuição de negros e índios nas áreas social, econômica e política da história do Brasil, os professores podem desenvolver ações voltadas para a construção de uma escola multirracial", diz Sobrinho.
A proposta do MEC é incluir no currículo temáticas que façam os alunos refletir sobre a democracia racial e a formação cultural brasileira. "Só assim será possível romper com teorias racistas e diminuir o preconceito", afirma Juliano Custódio Sobrinho, professor de História da Universidade Nove de Julho, em São Paulo. "Os educadores têm um papel fundamental nesse processo, o de mostrar aos alunos que todas as raças presentes no Brasil têm e tiveram importâncias iguais na formação da cultura brasileira", diz.

Como trabalhar

Para ajudar os professores a selecionar alguns aspectos que podem ser trabalhados nas diferentes etapas de ensino no decorrer de todo o ano, o MEC elaborou alguns materiais de apoio que estão disponíveis para consulta no site oficial do Ministério, assim como as Orientações e Ações para a Educação das Relações Étnico-Raciais.
Abaixo, veja algumas sugestões de como e quando abordar alguns dos conteúdos relacionados à cultura afro-brasileira em diferentes etapas de ensino:

Educação Infantil

O essencial: Apresentar a diversidade
Durante o período em que frequentam a creche ou a pré-escola, as crianças estão construindo suas identidades. Por isso, desde os primeiros anos de escolaridade, os alunos já precisam entender que são diferentes uns dos outros e que essa diversidade decorre de uma ideia de complementaridade. "É função do educador ajudar as crianças a lidar com elas mesmas e fortalecer a formação de suas próprias identidades", explica Clélia Cortez, Coordenadora do Programa Formar em Rede do Instituto Avisa Lá e selecionadora do Prêmio Victor Civita. "Ele deve atuar como um verdadeiro agente de promoção da diversidade", diz.

Para que isso aconteça, a creche precisa ser transformada em um ambiente de aprendizagem da diversidade étnico-racial, que estimule os pequenos a buscar suas próprias histórias e a conhecer as origens dos colegas. "Estimular a participação das crianças em atividades que envolvam brincadeiras, jogos e canções que remetam às tradições culturais de suas comunidades e de outros grupos são boas estratégias", diz Clélia. Segundo a educadora, a organização os espaços também deve valorizar a diversidade. Ações simples como pendurar imagens de personagens negros nas paredes, adquirir alguns livros com personagens de origens africanas, ter bonecos negros na brinquedoteca e passar filmes infantis com personagens negros para as crianças podem ajudar na formação de cidadãos mais conscientes e agentes no combate ao preconceito.

Do 1º ao 5º ano
O essencial: valorizar as culturas indígena e africana
No Ensino Fundamental 1, os professores já podem levar para a sala de aula algumas noções do que vem a ser a cultura afro-brasileira, com base na realidade dos alunos. É o momento de falar sobre a colonização portuguesa no país e traçar um paralelo com a realidade social dos negros hoje. "Se o aluno entender o processo histórico que desencadeou a desigualdade entre negros e brancos, ele não vai reforçar preconceitos", diz Sobrinho.

Propor projetos e atividades permanentes que valorizem as culturas indígena e africana - como apresentações teatrais de histórias da literatura africana ou lendas indígenas -; trabalhar os elementos de ritmos como o samba e o maracatu nas aulas de Música; ou explorar alguns elementos da capoeira nas aulas de Educação Física são boas formas de abordar os conteúdos no decorrer do ano. "Apesar da inclusão do ensino da cultura afro-brasileira e indígena ter sido imposta por uma legislação, não é preciso forçar a barra para incluí-los nas aulas", explica Sobrinho. "Esses elementos sempre fizeram parte da cultura brasileira e não podem ser ensinados como se fossem conteúdos à parte, descontextualizado da realidade do nosso país", afirma ele.

Do 6º ao 9º ano

O essencial: discutir o preconceito
O Ensino Fundamental 2 é o período ideal para o professor explicar aos alunos que o Brasil foi um país escravocrata e que a abolição da escravidão não veio acompanhada de um processo de inclusão dos negros na sociedade brasileira. "No Brasil, a escravidão foi abolida em 1888, porém, mantivemos o estigma da cor", afirma Sobrinho. Por isso, promover debates sobre as causas do preconceito contra os negros é fundamental, bem como ensinar os alunos a buscar respostas no processo histórico brasileiro. "Os estudantes precisam conhecer os motivos pelos quais os negros ainda lutam pela igualdade de direitos e oportunidades", diz Sobrinho.

Nas aulas de Ciências, os professores podem trabalhar as teorias raciais do século 19, que queriam acabar com a miscigenação e pregavam a necessidade do branqueamento da população. "A ideia errônea da existência de uma ‘raça pura’ permitiu a legitimação do preconceito com relação à diversidade de raças e a crença em uma suposta superioridade da raça branca", diz Sobrinho.

Ensino Médio

O essencial: debater o preconceito de raça
Nesta etapa os professores de Sociologia podem trabalhar o próprio conceito de "raça", sempre com o objetivo de discutir a valorização das diferentes manifestações culturais com base nas representações do outro. A existência de cotas raciais nas universidades públicas e os motivos pelos quais elas se fazem necessárias no Brasil também podem gerar debates interessantes com a turma. É uma boa oportunidade para esclarecer aos estudantes que as cotas, por exemplo, fazem parte de um longo plano de ações que visa incluir os negros dignamente na sociedade.

Muito mais do que leis que incentivem o combate ao preconceito racial, é fundamental que as mudanças da forma de ensinar a História e a Cultura afro-brasileira e indígena partam do engajamento, do aprendizado e do comprometimento pessoal dos educadores, professores e gestores escolares, que devem estar preocupados em construir uma política educacional igualitária, que prepare crianças e jovens para valorizar a diversidade e construir uma sociedade em que a democracia racial, de fato, se torne uma realidade.
FONTE: REVISTA NOVA ESCOLA ON-LINE

Consciência negra o ano todo

Novembro é o mês da consciência negra, mas relações raciais e o respeito à diversidade devem ser trabalhados o ano todo. 

terça-feira, 25 de outubro de 2011

ESTA CHEGANDO A PROVA BRASIL - Entre os próximos dias 7 e 18 de novembro


Entre os próximos dias 7 e 18 de novembro, os alunos de 5º e 9º anos (ou da 4ª e 8ª séries) de todas as escolas públicas urbanas e rurais do país com mais de 20 estudantes por turma realizarão a Prova Brasil. Pensando em fazer com que a escola tenha um bom desempenho, há gestores que incentivam os professores a aplicar simulados e até mesmo a treinar as turmas para o teste por meio da repetição. Por melhor que seja a intenção, trata-se de um grande equívoco. "Esse exame tem por objetivo avaliar competências de Língua Portuguesa e Matemática que são construídas ao longo do tempo e se solidificam somente com um bom trabalho pedagógico - e não com exercícios mecânicos", alerta Jussara Hoffmann, autora de livros sobre avaliação e diretora da Editora Mediação, em Porto Alegre.
A preparação para o exame deve, portanto, ser de outra natureza: esclarecer todos os integrantes da comunidade escolar a respeito do que é a avaliação, garantir a organização interna para a realização da prova e saber como utilizar os resultados em benefício dos processos de ensino e aprendizagem (leia a reportagem 7 ações para aproveitar bem a Prova Brasil). Como lembra Maria do Pilar Lacerda, secretária de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC), "uma avaliação só faz sentido quando leva à reflexão e à transformação da prática pedagógica. Não basta ser uma mera constatação. Precisa ser uma provocação para a equipe pensar a respeito do que está dando certo e do que ainda pode melhorar a fim de assegurar de fato a aprendizagem de todos os alunos".
Também em novembro, parte das escolas brasileiras é selecionada para participar do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb), que oferece um resultado amostral das mesmas séries avaliadas pela Prova Brasil mais o 3º ano do Ensino Médio (leia sobre as diferenças dos exames no quadro abaixo). As notas dessas avaliações são usadas para compor o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), instrumento que o governo federal tem utilizado para definir políticas públicas destinadas à melhoria da Educação em nosso país.
Nesse sentido, também é preciso cautela para não cair na tentação de pautar o currículo escolar somente pela busca de um Ideb cada vez melhor. "Toda escola precisa ter um sistema próprio de avaliação, de acordo com as metas estabelecidas em seu projeto político-pedagógico (PPP). Exames internos e externos devem, portanto, ser usados de maneira complementar", diz Maria Amabile Mansutti, coordenadora técnica do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec). Dessa forma, a equipe gestora contribui para criar uma cultura institucional que realmente vê a avaliação, qualquer que seja ela, não como uma forma de punir e responsabilizar um ou outro educador, mas como uma ferramenta formativa a serviço do aprimoramento das estratégias de trabalho.
Avaliações nacionais

Em 1990, o Saeb surgiu para levantar dados sobre a Educação nas regiões geográficas e nos estados brasileiros. Já em 2005, a Prova Brasil foi criada para oferecer dados mais específicos sobre os municípios e as escolas. A partir de 2007, os dois exames passaram a ser realizados em conjunto. Conheça os detalhes:
Prova BrasilSaeb
A quem se destinaAlunos de 5º e 9º anos do Ensino FundamentalAlunos de 5º e 9º anos do Ensino Fundamental e do 3º ano do Ensino Médio
Escolas participantesUnidades públicas de áreas urbanas e ruraisUnidades públicas e privadas de áreas urbanas e rurais
AlcanceUniversal - todos os estudantes das séries indicadas fazem a provaAmostral - apenas uma parte dos alunos das séries avaliadas participa do exame
AplicaçãoUma parcela das escolas participantes compõe os resultados do SaebTodos fazem a Prova Brasil e, por meio de um recorte, chega-se aos números do Saeb
FONTE: REVISTA NOVA ESCOLA ON-LINE

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

A ORIGEM DA GEOMETRIA

Nós, professores de história, também podemos contribuir para o ensino-aprendizagem de Matemática.
Vocês devem estar se perguntando como?
Através da origem dos conceitos matemáticos, por exemplo.
A seguir a história da origem da Geometria.
A  ORIGEM DA GEOMETRIA
Os historiadores gregos, sem exceção, procuram colocar no Egito o berço da Geometria, e atribuir, portanto, aos habitantes, do vale do Nilo a invenção dessa ciência. As periódicas inundações do célebre rio forçaram os egípcios ao estudo da Geometria, pois uma vez passado o período da grande cheia, quando as águas retomavam o seu curso normal, era necessário repartir, novamente, as terras, e minar o grau de inteligência dos corvos, chegou a entregar aos senhores as antigas propriedades, perfeitamente delimitadas. A pequena faixa de terra, rica e fértil, era disputada por muitos interessados; faziam-se medições rigorosas a fim de que cada um, sem prejuízo dos outros, fosse reintegrando na posse exata de seus domínios.
OS GRANDES GEÔMETRAS
PITÁGORAS - matemático e filósofo grego. Nasceu seis séculos a.C., na ilha de Samos. Fundou em Crótona, ao sul da Itália, uma escola filosófica que se tornou notável. Os seus discípulos denominavam-se os pitagóricos. Sobre  a vida de Pitágoras há uma trama infindável de lendas.
                        Morreu, em 471 a.C., assassinado em Tarento durante uma revolução política.
FONTE: MATEMÁTICA DIVERTIDA E CURIOSA - MALBA TAHAN


domingo, 23 de outubro de 2011

Cinco perguntas e respostas sobre os conflitos na Líbia e Muamar Kadafi


A morte do ditador pode ser debatida nas aulas de História. Relembre os principais fatos da trajetória de Kadafi e discuta com a turma o futuro do país do norte da África.

Seus alunos sabem quem foi Muamar Kadafi? E por que os acontecimentos recentes na Líbia envolveram países importantes, como França, Inglaterra e Estados Unidos? A morte do ditador, oito meses após o início de uma mobilização popular contra o seu regime, traz à tona a discussão sobre os conflitos da chamada "Primavera Árabe" e sobre o futuro do país africano.
Além de analisar as questões políticas e econômicas envolvendo a Líbia - o país é um dos principais produtores mundiais de petróleo - o tema deve ser abordado em muitos vestibulares.
Aproveite os materiais disponíveis no site de Veja (http://veja.abril.com.br/tema/libia) e debata os acontecimentos recentes com a turma nas aulas de História. Respondemos a cinco perguntas sobre os confrontos na Líbia e a ditadura de Muamar Kadafi que ajudam a contextualizar o assunto:
Foto de Muamar Kadafi é queimada por rebeldes. Foto: Veja
Foto do ditador Muamar Kadafi sendo queimada por rebeldes durante protestos contra o regime na Líbia.
1. Quem foi Muamar Kadafi e como ele chegou ao poder na Líbia?
O coronel Muamar Kadafi (1942-2011) nasceu no deserto da Tripolitânia, região oeste da Líbia, próximo à cidade de Sirte. Era filho de um agricultor nômade e pertencia à pequena tribo Kadafi - para se ter ideia, existem mais de 140 tribos diferentes convivendo em território líbio.Kadafi graduou-se na Universidade da Líbia em 1963 e na Academia Militar da Líbia em 1965. Desde essa época, já conspirava para derrubar a monarquia encabeçada pelo Rei Ídris I, que subiu ao trono em 1951. Dirigente da irmandade político-religiosa Sanusiah (fundada em 1837 na região da Cirenaica, no leste da Líbia), Ídris apoiava-se nas tribos da região leste do país. Com o golpe militar de 1969, que derrubou a monarquia, o coronel Kadafi despontou como o principal dirigente do Conselho do Comando Revolucionário e, mais tarde, da República Líbia. Foram as tribos do oeste, da região da Tripolitânia, que forneceram a base de sustentação para o regime de Kadafi, que com o tempo tornou-se cada vez mais ditatorial.
2. Quais as principais fases da ditadura de Kadafi? 
Em 42 anos de poder, Kadafi impulsionou diferentes políticas, marcadas por grandes reviravoltas. Assim que assumiu o governo da Líbia, em 1969, instituiu a fase do "nacionalismo árabe". Inspirado pelo exemplo do líder egípcio Gamal Abdel Nasser (1918-1970), que nacionalizou o Canal de Suez, Kadafi nacionalizou, em 1973, todos os ativos das companhias petrolíferas estrangeiras no país (a Líbia é um dos principais produtores mundiais de petróleo, membro da OPEP - Organização dos Países Produtores de Petróleo), bem como os ativos das companhias de seguros e dos bancos. O ditador também buscou, desde 1970, a integração política da Líbia com outros países árabes como o Egito, o Sudão, a Síria e a Tunísia. Fracassou. A última tentativa de união, com o reino do Marrocos, realizada em 1984, durou apenas duas semanas.
A segunda fase do regime, que começou por volta de 1974, foi marcada pelo projeto de Kadafi de despontar como um anunciador de novos caminhos para os povos árabes. Nesse ano foi lançado o Livro Verde, uma espécie de compêndio que serviu como "Constituição" para a Líbia, onde o ditador afirmava sua rejeição ao capitalismo e ao socialismo ortodoxos e propunha uma espécie de "socialismo islâmico" para a Líbia. Paralelamente, Kadafi passou a flertar com grupos terroristas internacionais, como os Panteras Negras (grupo norte-americano radical que lutava contra a opressão aos negros), a Nação do Islã nos Estados Unidos e o Exército Republicano Irlandês (IRA), na Irlanda do Norte.
A terceira fase do regime de Kadafi, na década de 1980, foi denominada pelo presidente americano Ronald Reagan como a fase do "cachorro louco do Oriente Médio". O apoio aberto de Muamar Kadafi a grupos terroristas teve como resposta um ataque de aviões dos EUA à Líbia em 1986, que feriu e matou familiares do ditador. Anos depois, em 1988, agentes líbios participaram de um atentado ao voo 103 da Pan Am, que partiu de Londres com 259 passageiros a bordo e caiu sobre a Escócia. Em represália pelo saldo de 270 mortos no atentado, a ONU impôs sanções à Líbia.
No final dos anos 1990, Kadafi encaminhou os participantes do atentado às autoridades internacionais para julgamento e assim deu início à quarta fase de seu regime, a "guinada internacional". Em 2003, a Líbia admitiu sua responsabilidade na operação e indenizou as famílias das vítimas. Também anunciou a suspensão de seu programa de armamentos. Com isso, foram suspensas as sanções econômicas e militares da ONU e dos EUA ao país. Líderes ocidentais passaram a visitar a Líbia, enquanto seu presidente perseguia militantes do grupo terrorista Al-Qaeda, então comandado por Osama Bin Laden. Por seu apoio ás iniciativas norte-americanas, em 2009, Muamar Kadafi chegou a ser eleito presidente do conselho da União Africana.
Reintegrado à comunidade internacional, Kadafi foi surpreendido pela rebelião das tribos da Cirenaica contra seu regime, em fevereiro de 2011. Na quinta e última fase de sua ditadura, as tentativas de suprimir a revolta não tiveram êxito, e os insurretos passaram a ser apoiados por aviões da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte). Em agosto de 2011, o regime de Kadafi não existia mais, mas ele permanecia foragido até sua captura e morte, na cidade de Sirte, dia 20 de outubro.
3. Quais as principais marcas do regime de Kadafi?
Muamar Kadafi implantou na Líbia uma ‘ditadura personalista’, baseada em práticas populistas e no apoio das tribos da Tripolitânia, região da atual capital, Trípoli. Contudo, eu personalismo resultou, com o passar dos anos, em conflitos com as tribos dessa área e de outras regiões do país. Os benefícios de cunho populista concedidos a alguns setores da sociedade líbia eram pagos pelas exportações de petróleo e pelos investimentos estrangeiros no país, sobretudo italianos.

4. Como começaram as revoltas e por que países como França e Inglaterra apoiaram sanções à Líbia?
A rebelião foi estimulada pelos acontecimentos da chamada Primavera Árabe, onda de revoltas populares iniciadas na Tunísia e no Egito, países vizinhos à Líbia. A queda dos presidentes de ambos os países mostrou que a mobilização popular contra governantes despóticos podia ter êxito. A rebelião na Líbia teve início em 15 de fevereiro de 2011, na região leste do país, com manifestações antigovernamentais que logo se estenderam para todo o território.
Quanto aos fatores que levaram países como França e Inglaterra a apoiarem sanções à Líbia, cabe lembrar uma afirmação feita na reportagem "Vai-se um tirano...", publicada em Veja (Ed. 2232, 31 de agosto de 2011): "a França e a Inglaterra, em especial, aparentemente viram na troca de regime [de Kadafi por outro, instaurado pelos rebeldes da Cirenaica] uma oportunidade de desbancar a Itália como a maior investidora na Líbia". A Itália mantinha forte presença no país africano desde 1912, quando o território tornou-se colônia italiana após a Guerra Ítalo-Turca; e manteve sua influência mesmo depois de o território cair em poder dos britânicos em 1942-1943, no decorrer na Segunda Guerra Mundial.

5. Qual o destino da Líbia após a queda de Kadafi? Ela poderá se tornar um "novo Iraque"?
Em primeiro lugar, o novo Estado líbio, hoje comandado pelo Conselho Nacional de Transição (CNT), terá fortes laços políticos e econômicos com o Ocidente. Na Europa, os investimentos líbios são da ordem de 340 bilhões de dólares. A Líbia investe grandes quantias em empresas como a francesa Electricité, a Siemens da Alemanha, a Shell e a British Petroleum da Inglaterra e o Unicred, segundo maior banco da Itália.
Em segundo lugar, a Líbia não tem, e dificilmente terá em um futuro próximo, unidade nacional. Resta saber se será equilibrada a divisão do poder entre as tribos da Cirenaica - hegemônicas de 1951 a 1969, e novamente agora - e as da Tripolitânia, próximas à capital do país. Se as tribos da Cirenaica, que comandaram o início das revoltas, dominarem amplamente o cenário político-social, a instabilidade poderá permanecer. Ainda assim, a ausência de grandes conflitos religiosos - em sua enorme maioria, os líbios são muçulmanos sunitas - torna menos previsível a transformação da Líbia em um "novo Iraque".
FONTE : NOVA ESCOLA ON-LINE

sábado, 15 de outubro de 2011

PARABÉNS A TODOS NÓS PELO NOSSO DIA!!!

O professor segundo Jô Soares



É jovem, não tem experiência.

É velho, está superado.
Não tem automóvel, é um pobre coitado.
Tem automóvel, chora de "barriga cheia".
Fala em voz alta, vive gritando.
Fala em tom normal, ninguém escuta.
Não falta ao colégio, é um "Adesivo".
Precisa faltar, é um "turista".
Conversa com os outros professores, está "malhando" nos alunos.
Não conversa, é um desligado.
Dá muita matéria, não tem dó do aluno.
Dá pouca matéria, não prepara os alunos.
Brinca com a turma, é metido a engraçado.
Não brinca com a turma, é um chato.
Chama a atenção, é um grosso.
Não chama a atenção, não se sabe impor.
A prova é longa, não dá tempo.
A prova é curta, tira as hipóteses do aluno.
Escreve muito, não explica.
Explica muito, o caderno não tem nada.
Fala correctamente, ninguém entende.
Fala a "língua" do aluno, não tem vocabulário.
Exige, é rude.
Elogia, é debochado.
O aluno é retido, é perseguição.
O aluno é aprovado, deitou "água-benta".
É! O professor está sempre errado, mas, se conseguiu ler até aqui, agradeça a ele.

Você sabe como surgiu o Dia do Professor?

O Dia do Professor é comemorado no dia 15 de outubro. Mas poucos sabem como e quando surgiu este costume no Brasil.
No dia 15 de outubro de 1827 (dia consagrado à educadora Santa Tereza D’Ávila), D. Pedro I baixou um Decreto Imperial que criou o Ensino Elementar no Brasil. Pelo decreto, “todas as cidades, vilas e lugarejos tivessem suas escolas de primeiras letras”. Esse decreto falava de bastante coisa: descentralização do ensino, o salário dos professores, as matérias básicas que todos os alunos deveriam aprender e até como os professores deveriam ser contratados. A idéia, inovadora e revolucionária, teria sido ótima - caso tivesse sido cumprida.
Mas foi somente em 1947, 120 anos após o referido decreto, que ocorreu a primeira comemoração de um dia dedicado ao Professor.
Começou em São Paulo, em uma pequena escola no número 1520 da Rua Augusta, onde existia o Ginásio Caetano de Campos, conhecido como “Caetaninho”. O longo período letivo do segundo semestre ia de 01 de junho a 15 de dezembro, com apenas 10 dias de férias em todo este período. Quatro professores tiveram a idéia de organizar um dia de parada para se evitar a estafa – e também de congraçamento e análise de rumos para o restante do ano. 
O professor Salomão Becker sugeriu que o encontro se desse no dia de 15 de outubro, data em que, na sua cidade natal, professores e alunos traziam doces de casa para uma pequena confraternização. Com os professores Alfredo Gomes, Antônio Pereira e Claudino Busko, a idéia estava lançada, para depois crescer e implantar-se por todo o Brasil.
A celebração, que se mostrou um sucesso, espalhou-se pela cidade e pelo país nos anos seguintes, até ser oficializada nacionalmente como feriado escolar pelo Decreto Federal 52.682, de 14 de outubro de 1963. O Decreto definia a essência e razão do feriado: "Para comemorar condignamente o Dia do Professor, os estabelecimentos de ensino farão promover solenidades, em que se enalteça a função do mestre na sociedade moderna, fazendo participar os alunos e as famílias".

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

14 de outubro de 1964 - Martin Luther King recebe Nobel da Paz


1964 - Martin Luther King recebe Nobel da Paz

Martin Luther King. reprodução/Acervo CPDoc JB

"Tenho um sonho
que meus quatro pequenos filhos
viverão um dia
em uma nação
onde não serão julgados
pela cor de sua pele,
mas pelo conteúdo de seu caráter"
.
Martin Luther King

Capa do Jornal do Brasil: Quinta-feira, 15 de outubro de 1964






O Prêmio Nobel da Paz foi concedido ao líder anti-racista norte-americano Martin Luther King Jr., por sua atuação pacifista em favor da extensão dos direitos civis a todos os americanos, sem distinção.

Pastor batista, Luther King se tornou conhecido em 1955, ao incentivar um boicote ao transporte rodoviário de Montgomery, no Alabama. Persuadiu os negros de que era preferível andar a pé a viajar em ônibus segregados. Mesmo preso durante a campanha, obteve o almejado êxito. Por decisão da Suprema Corte Americana tornou-se ilegal a segregação em qualquer transporte público. Emergia, então, o respeitado líder.

Luther King foi seguidor das idéias de desobediência civil não-violenta preconizadas por Gandhi, aplicadas com inteligência em suas manifestações. Organizou marchas contra o sistema de segregação, reivindicando igualdade sócio-política, entre outros direitos básicos. Conquistou progressivo espaço na mídia e apoio da opinião pública pelo cumprimento dos direitos civis, transformando essa numa das mais discutidas questões dos EUA nos anos 60.






Martin Luther King. Reprodução/Acervo CPDoc JB


Sua luta foi imortalizada no discurso "I have a dream"Confira aqui, na íntegra.

Foi assassinato no dia 4 de abril de 1968, em Memphis, no Tennessee. Em sua homenagem, foi instituido no EUA em 1986 o feriado nacional The Martin Luther King Day e fundado The Martin Luther King, Jr, Research and Education Institute, com a missão de manter vivos os ideais de King para as futuras gerações

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

HOJE 10 DE OUTUBRO...

A Associação Interamericana de Imprensa condena a censura do regime militar no Brasil (1972).


A ditadura militar foi, entre tantos outros fatos notáveis da história do Brasil, o que mais manchou a biografia do nosso país. Este período é marcado pelo despotismo, veto aos direitos estabelecidos pela constituição, opressão policial e militar, encarceramentos e suplício dos oponentes. A censura aos canais de informação e à produção cultural, ou seja, a editoração de livros, a produção cinematográfica e tudo que fosse referente à televisão, foi intensa, tudo era acompanhado muito de perto pelos censores do governo. O objetivo principal era passar à população a idéia de que o país se encontrava na mais perfeita ordem, os jornais foram calados, obrigados a publicarem desde poesias até receitas no lugar das verdadeiras atrocidades pelas quais o país passava.
No período em que esteve em vigor o AI-5, mais precisamente de 1968 a 1978, a censura federativa coibiu mais de seiscentos filmes, quinhentas peças teatrais, a editoração de vários livros e a inclusão de assuntos essenciais para a carreira escolar das crianças, sem falar do sem número de músicas. O fim do regime militar vem com a eleição indireta de Tancredo Neves e José Sarney, a democracia imperou novamente e a liberdade foi restituída após décadas de despotismo. A censura chegou ao fim, nasceram novos partidos políticos e finalmente alcançamos as eleições presidenciais diretas.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

MATRIZ DE REFERÊNCIA DE HISTÓRIA - 9º ANO

I-HISTÓRIA DE VIDA, DIVERSIDADE POPULACIONAL E MIGRAÇÕES
(ÉTICA, CULTURAL E SOCIAL E MIGRAÇÕES EM MINAS GERAIS)
EIXOS TEMÁTICOS E OS SEUS DESCRITORES
  • D1 - Compreender a importância do estudo da História para a formação cidadã.
  • D2 - Identificar a diversidade populacional brasileira através dos processos migratórios; conceituando cultura/mestiçagem, hibridismo e suas manifestações.
  • D3 - Distinguir História e Pré-História e a origem dos diferentes povoadores, sua evolução e diversidade.
  • D4 - Identificar as características da colonização na América e as bases do capitalismo industrial.
  • D5 - Identificar as especificidades dos povos indígenas brasileiros a época da chegada dos europeus.
  • D6 - Caracterizar a presença africana no Brasil colonial, diferenciando o tipo de escravidão existente na África e o tipo implantado na América Portuguesa.
  • D7 - Conceituar e identificar os processos da expansão colonizadora portuguesa.
  • D8 - Relacionar as atividades econômicas internas e a acumulação de capital na colônia: abastecimento interno, tráfico negreiro, escravidão de índios e negros.
  • D9 - Compreender o processo de implantação da agromanufatura do açúcar no Nordeste Brasileiro.
  • D10 - Analisar a formação da sociedade brasileira, estabelecendo relações entre as ações dos missionários católicos, escravidão e poder local.
  • D11 - Analisar as disputas sobre o território sul-americano entre Portugal e outras potências européias no século XVIII por meio dos principais tratados.
  • D12 - Identificar a origem dos imigrantes que chegaram no Brasil e em Minas Gerais nos séculos XIX e XX.
II- CONSTRUÇÃO DO BRASIL: TERRITÓRIO, ESTADO, NAÇÃO

  • D13 - Compreender a importância das revoluções contemporâneas para a construção da cidadania no mundo e no Brasil.
  • D14 - Analisar o sistema do capitalista emergente, o progresso científico-tecnológico e a nova organização dos trabalhadores.
  • D15 - Analisar as influências dos ideais liberais no Brasil colonial.
  • D16 - Analisar os antecedentes históricos da vinda da família real portuguesa para o Brasil e as alterações políticas e sociais ocorridas no território brasileiro.
  • D17 - Caracterizar a Constituição brasileira de 1824 e suas implicações na sociedade brasileira.
  • D18 -  Analisar e caracterizar os conflitos políticos e sociais no Brasil Imperial.
  • D19 - Relacionar o fim do tráfico de escravos aos interesses ingleses e as medidas favoráveis à abolição, tomadas pelo governo brasileiro à partir de 1850.
  • D20 - Compreender a educação no Brasil Império como formadora de uma identidade nacional excludente e elitista.

HOJE É DIA DE...

 Estados Unidos abrem guerra contra o Afeganistão (2001)
 Posse de Pedro Araújo Lima, segundo regente do Brasil (1838)

domingo, 25 de setembro de 2011

Saber Viver

Saber Viver


Não sei... Se a vida é curta
Ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.

Muitas vezes basta ser:
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,

E isso não é coisa de outro mundo,
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
Não seja nem curta,
Nem longa demais,
Mas que seja intensa,
Verdadeira, pura... Enquanto durar

(Cora Coralina)


quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Sentido para o Estudo da Disciplina

"Concordando com Hobsbawm, diríamos que os jovens de hoje “crescem numa espécie de presente contínuo, sem qualquer reação orgânica com o passado público da época em que vivem (...)”. Para esse historiador, “a destruição do passado - ou melhor, dos mecanismos sociais que vinculam nossa experiência pessoal à das gerações passadas - é um dos fenômenos mais característicos e lúgubres” (...). Esse processo de esquecimento do passado pode, como assinala John Poster (1973), comprometer o desenvolvimento da noção de temporalidade histórica, pois essa depende da aquisição do sentido do tempo. Compreender a História requer um sentido da existência da relação presente, passado e futuro; requer um sentimento de pertencer, de estar dentro da história. Requer, igualmente, que os sujeitos tomem a história não como algo dado, como uma verdade acabada e imutável. Como nos lembram Laville e Martineau, o ensino de História deve propiciar aos alunos“ Constatarem que as realidades presentes não têm razão de ser por elas mesmas, não são imutáveis e fechadas, prisioneiras de uma espécie de ordem natural, mas ao contrário se inscrevem num processo de mudança e de intervenções humanas; e que, portanto, nós podemos agir sobre elas”. 



Proposta Curricular - CBC

História - Fundamental - 6º ao 9º

terça-feira, 20 de setembro de 2011


O primeiro dever do historiador é não trair a verdade, não calar a verdade, não ser suspeito de parcialidades ou rancores.
Marcus Cícero